Home
Ajuda
Pesquisa
Quick Search
Advanced Search
[Close]
Login
Registrar
Welcome Guest, please
login
or
register
.
Username:
1 Hora
1 Dia
1 mês
1 Ano
Sempre
Password:
Notícias
: Você que é Visitante ou Membro do Fórum da MPHP Participe do Novo Tópico sobre
Submarinos Nucleares: Descomissionamento, A Questão
Forum MPHP
Pilares da MPHP
JesusHistórico
Marcus 9:42 & Outras Passagens Difíceis
Páginas:
1
[
2
]
Ir para o Fundo
Topic Tools
Topic Tools
Imprimir
29:02:08:03:07:28
Aíla
Jr. Member
Offline
Mensagens: 69
Re: Marcus 9:42 & Outras Passagens Difíceis
Oi Sr Brian
Obrigada por responder. Eu gostei muito da análise. Tenho duas perguntas:
1) O evangelho de João retoma a acusação mas atribuindo a Jesus a frase: "Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei" (Jo 2,19). Mas aqui o verbo lúo está na 2a pessoa do plural. Não é Jesus quem destrói. O Sr poderia comentar?
2) Como Jesus tomaria controle do templo se ele não pertence à classe sacerdotal?
Obrigada
Registrado
"Os homens sentem mais necessidade de curar suas doenças do que seus erros" - De Ségur (literata francesa, 1799-1874)
29:02:08:03:37:03
brian_kibuuka
Newbie
Offline
Mensagens: 9
Re: Marcus 9:42 & Outras Passagens Difíceis
Cara Drª Aíla,
A tradição joanina difere bastante da de Marcos (o que não as invalida).
Pois bem: é a retomada tardia do dito - e num contexto diferente. Engraçado é que a partir deste dito é que Reicke fala do conhecimento dos sinóticos por João.
Aqui, de fato - como foi observado por ti - está: "
lúsate tòn naòn toûton
". É a segunda pessoa, e "
naós
" (templo) denota o "
sôma
", o corpo de Jesus (Jo 2.21).
Perceba que o evocar da tradição da destruição do Templo por Jesus se dá na boca dos judeus (Jo 2.20), o que João refuta (Jo 2.21, usando a adversação). Aqui, um dito dos sinóticos é retomado, para indicar o equívoco dos judeus sobre a reconstrução do Templo. Também para indicar que o Templo não foi reconstruído (ele, quando da publicaçã do Evangelho, já estava destruído), mas que Jesus ressuscitou - e que era deste assunto que Jesus tratava. Ainda é importante afirmar que o texto surge no contexto da "purificação do Templo", indicada como tendo acontecido numa das viagens de Jesus por ocasião da festa, e não como na tradição sinótica: na semana da sua morte. É um distanciamento significativo, que podemos discutir caso queiras, evocando Dodd, Brown e outros autores que lançam propostas interessantes sobre os porquês.
Agora, a outra pergunta.
Acho que não me fiz entender bem: Jesus não desejava tomar o controle do Templo. Ele simplesmente desejava, segundo Marcos, explicitar a verdadeira serventia das negociatas ocorridas no Templo naquela época. A sua acusação é dura: o Templo se transformou em covil ou caverna de salteadores: "spélaion leistôn". O problema não está no Templo. Está nos salteadores. E uma coisa geralmente não se observa: no texto, Jesus está citando a acusação de Jeremias em Jr 7.11.
O que Jesus fez no epísódio foi afirmar a natureza da intenção dos sacerdotes em seu serviço naquele dado momento. De forma alguma ele desqualificou o ofício sacerdotal. Apenas exigiu que os responsáveis pelo Templo o utilizassem como as Escrituras exigiam (Is 56.7), "casa de oração para todos os povos".
Bom, são minhas opiniões.
Abraços,
Brian
Registrado
10:03:08:16:01:49
Aíla
Jr. Member
Offline
Mensagens: 69
Re: Marcus 9:42 & Outras Passagens Difíceis
Oi Sr Brian
Vejo que o Sr já entrou na onda do Sr Gildemar e também já está brincando comigo... bom ... um ponto positivo de quem brinca é a proximidade... e se estamos próximos, já me sinto mais à vontade...
Citação de: brian_kibuuka em 29:02:08:03:37:03
Aqui, de fato - como foi observado por ti - está: "lúsate tòn naòn toûton". É a segunda pessoa, e "naós" (templo) denota o "sôma", o corpo de Jesus (Jo 2.21).
Hummmm
“naós” é o santuário ou o prédio? Compare com Jo 18,20.
Citação de: brian_kibuuka em 29:02:08:03:37:03
Acho que não me fiz entender bem: Jesus não desejava tomar o controle do Templo. Ele simplesmente desejava, segundo Marcos, explicitar a verdadeira serventia das negociatas ocorridas no Templo naquela época. A sua acusação é dura: o Templo se transformou em covil ou caverna de salteadores: "spélaion leistôn". O problema não está no Templo. Está nos salteadores. E uma coisa geralmente não se observa: no texto, Jesus está citando a acusação de Jeremias em Jr 7.11.
Acho que o Sr se fez entender bem. É que penso que há outras coisas em jogo aqui. Veja que Jesus está no pátio dos gentios, na época considerados impuros. Mas Zc 14,20-21, menciona os utensílios do templo com a mesma sacralidade que qualquer panela na casa de qualquer israelita. E depois o profeta afirma, não haverá cananeu no templo, claro, pois nada nem ninguém será impuro. Trata-se dos gentios no templo, tanto no texto do profeta quanto no texto do evangelho.
Depois é citado Is 56, capítulo sobre o ingresso de gentios no interior do povo de Deus. O versículo 7, é a chave do capítulo, o ingresso dos gentios se dá pelo templo.
Depois temos a menção do templo como covil de ladrões de Jr 7,11, para dizer que nenhum israelita se ache melhor que um gentio, pois o israelita que não anda de acordo com a orientação de Deus pode ser punido. O que faz a pertença ao povo não é, no dizer de Jr, a genética, mas seguir a orientação de Deus.
O texto do evangelho parece argumentar, a partir das citações do AT, da seguinte forma:
1) Ez : quando vier o messias, desde o Monte das Oliveiras, os gentios obedecerão ao Deus de Israel e não mais haverá diferença entre sagrado e profano
2) Is: O templo será a casa de oração para todas as nações (veja a acusação de que Paulo introduzia gregos no templo)
3) Haverá um julgamento e quem pertence ao povo pode ser rejeitado
Citação de: brian_kibuuka em 29:02:08:03:37:03
O que Jesus fez no epísódio foi afirmar a natureza da intenção dos sacerdotes em seu serviço naquele dado momento. De forma alguma ele desqualificou o ofício sacerdotal. Apenas exigiu que os responsáveis pelo Templo o utilizassem como as Escrituras exigiam (Is 56.7), "casa de oração para todos os povos".
A expectativa judaica por um messias guerreiro é a seguinte:
Deus incitaria as nações para a guerra. Gog e Magog (= número 70) , ou seja todas as nações combateriam contra Israel e seu messias no Monte das Oliveiras. Após a derrota das nações começaria o tempo escatológico. Uma nova terra. Israel governaria as nações e todas seguiriam a Lei de Deus (=lei do vencedor, Israel). Todas as nações celebrarão a festa dos tabernáculos (sukkot), isso é muito significativo. O templo seria o lugar por onde os gentios entrariam no povo de Deus. Claro, pois Abrão foi chamado, do meio dos gentios, para ser bênção para as nações. Por isso ele é o pai da fé, como diz Paulo, porque ele era gentio e deixou os ídolos para seguir o Deus verdadeiro. E o templo existe para repetir o sacrifício, ou melhor a akedah, de Isaac. Conforme o livro de Crônicas, o templo foi construído sobre o Monte Moriá, onde Isaac foi amarrado para o sacrifício. E segundo as interpretações rabínicas, todo sacrifício realizado no templo é uma repetição do sacrifício de Isaac, até que viesse o messias. O sacrifício de Isaac é o meio pelo qual Deus abençoa as nações, inclusive Israel. Quando vier o messias, os gentios ingressarão no povo pelo templo e depois não haverá mais necessidade do templo (veja a conversa com a Samaritana). Não haverá mais o profano.
Se eu tivesse vivid na época de Jesus eu também teria ficado com raiva. Como ele pode falar que o templo não está cumprindo o papel de acolher os gentios se ainda não aconteceu a guerra escatológica? Eu teria dito: Quem você pensa que é? O messias ainda não veio? Não houve guerra?
Essas são as minhas opiniões.
Registrado
"Os homens sentem mais necessidade de curar suas doenças do que seus erros" - De Ségur (literata francesa, 1799-1874)
Páginas:
1
[
2
]
Ir para o Topo
« tópico anterior
tópico seguinte »
Ir para:
Por favor selecione um destino:
-----------------------------
Geral
-----------------------------
=> Assuntos Gerais
-----------------------------
Regras do Fórum
-----------------------------
=> Mensagens Administrativas, Regras...
-----------------------------
Pilares da MPHP
-----------------------------
=> JesusHistórico
=> Seitas&Religiões
===> IURD
=> Problemas Brasileiros
=> Submarinos Nucleares: Descomissionamento
=> Ciência & Tecnologia
===> Singularidade Tecnológica
===> Nanotecnologia
===> Computação Quântica
===> Príncípio Antrópico
-----------------------------
História
-----------------------------
=> Alexandre O Grande
===> Antecedentes Pan-Helênicos
===> Filipe II rei da Macedônia
===> Infância
===> Educação
===> Pai E Filho
===> Viva o Rei
===> A Campanha Asiática
===> Os complôs
===> Rumo ao Oriente
===> Retorno e Morte
===> Espólio do Império
===> Conclusão
===> Apendice 1 - Herança Macedônica
===> Apendice 2 - Logística do Exército de Alexandre
-----------------------------
Livros: Resenhas
-----------------------------
=> Religião
Carregando...