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Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos
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4:03:07:01:44:45
administrador
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Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos
Olá Todos
Gostaria que refletíssemos sobre os assuntos tratados em:
http://www.mphp.org/problemas-brasileiros/criminalidade-legislacao-penal-e-direitos-humanos.html
Abs
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MPHP Fórum
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5:03:07:00:34:29
Aíla
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Re: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos
Oi
O que falta em nosso país é um controle rigoroso da impunidade. Leis existem, mas não são postas em prática, pois basta alguma grana na mão de quem deveria efetivar o exercício da lei e a impunidade acontece. Do maior ao menor no âmbito da sociedade. Formou-se uma cultura da impunidade. Todo mundo se sente à vontade para ser ilegal, pois sabe que não vai haver nenhuma penalidade.
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"Os homens sentem mais necessidade de curar suas doenças do que seus erros" - De Ségur (literata francesa, 1799-1874)
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Franck
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Re: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos
Leis brandas, constituição inadequada, impunidade, corrupção e memoria curta...
Quem se lembra da chacina da Candelaria, do Tim Lopes, do Cesar Naia, do Juiz Nicolau, do Fernando Collor e seus comparsas, dos escravos nas fazendas do Estado do Pará, ... ?
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"C'est le cœur qui sent Dieu et non la raison."
Blaise Pascal
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Aíla
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Re: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos
Ladrão de Galinhas
, por Luís Fernando Veríssimo
Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e levaram para a delegacia.
- Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!
- Não era para mim não. Era para vender.
- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!
- Mas eu vendia mais caro.
- Mais caro?
- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
- Mas eram as mesmas galinhas, safado.
- Os ovos das minhas eu pintava.
- Que grande pilantra...
Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.
- Ainda bem que tu vais preso. Se o dono do galinheiro te pega...
- Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Eu me comprometi a não espalhar mais boatos sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio.
- E o que você faz com o lucro do seu negócio?
- Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:
- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
- Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinha?
- Às vezes. Sabe como é.
- Não sei não, excelência. Explique-me.
- É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso, finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova.
- O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
- Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
- Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...
Fonte:
Revista Eletrônica Consciência Net
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Última modificação: 6:03:07:03:47:55 por Aíla
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"Os homens sentem mais necessidade de curar suas doenças do que seus erros" - De Ségur (literata francesa, 1799-1874)
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