Título: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos Enviado por: administrador em 4:03:07:01:44:45 Olá Todos
Gostaria que refletíssemos sobre os assuntos tratados em: http://www.mphp.org/problemas-brasileiros/criminalidade-legislacao-penal-e-direitos-humanos.html (http://www.mphp.org/problemas-brasileiros/criminalidade-legislacao-penal-e-direitos-humanos.html) Abs Título: Re: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos Enviado por: Aíla em 5:03:07:00:34:29 Oi
O que falta em nosso país é um controle rigoroso da impunidade. Leis existem, mas não são postas em prática, pois basta alguma grana na mão de quem deveria efetivar o exercício da lei e a impunidade acontece. Do maior ao menor no âmbito da sociedade. Formou-se uma cultura da impunidade. Todo mundo se sente à vontade para ser ilegal, pois sabe que não vai haver nenhuma penalidade. (http://www.caboing.com.br/img/emoticons/7974.gif) Título: Re: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos Enviado por: Franck em 5:03:07:14:10:30 Leis brandas, constituição inadequada, impunidade, corrupção e memoria curta...
Quem se lembra da chacina da Candelaria, do Tim Lopes, do Cesar Naia, do Juiz Nicolau, do Fernando Collor e seus comparsas, dos escravos nas fazendas do Estado do Pará, ... ? Título: Re: Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos Enviado por: Aíla em 6:03:07:03:31:06 Ladrão de Galinhas, por Luís Fernando Veríssimo
Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e levaram para a delegacia. - Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia! - Não era para mim não. Era para vender. - Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha! - Mas eu vendia mais caro. - Mais caro? - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons. - Mas eram as mesmas galinhas, safado. - Os ovos das minhas eu pintava. - Que grande pilantra... Mas já havia um certo respeito no tom do delegado. - Ainda bem que tu vais preso. Se o dono do galinheiro te pega... - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Eu me comprometi a não espalhar mais boatos sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio. - E o que você faz com o lucro do seu negócio? - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços. O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou: - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário? - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior. - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinha? - Às vezes. Sabe como é. - Não sei não, excelência. Explique-me. - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso, finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova. - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não. - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro! - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes... Fonte: Revista Eletrônica Consciência Net (http://www.consciencia.net/) (http://www.coisasfowfaxcliques.blogger.com.br/p49.gif) |