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Notícias: Você que é Visitante ou Membro do Fórum da MPHP Participe do Novo Tópico sobre Submarinos Nucleares: Descomissionamento, A Questão
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 : 19:07:08:00:19:40 
Iniciado por Mário - Última Mensagem: por Mário
Olá

Mais um artigo com reflexão semelhante.


Roma Imperial É Aqui.



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 : 19:06:08:02:31:51 
Iniciado por Aíla - Última Mensagem: por Mário
Olá todos

Comecei a publicar a tradução do texto do Hyam Maccoby disponível na Internet: Jesus e a Resistência Judia.

Estou fazendo em 3 partes:

Jesus e a Resistência Judia - Parte 1 (Já Publicado) Introdução, Religião e Revolta: Os Fariseus, O Messias

Jesus e a Resistência Judia – Parte 2 – (Já Publicado) O Rei dos Judeus;

Jesus e a Resistência Judia – Parte 3 – (Já Publicado) O Dia do Senhor e Prisão e Julgamento.

Todas as 3 partes publicadas.





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 : 20:04:08:23:52:07 
Iniciado por Aíla - Última Mensagem: por Mário
Olá Todos e, especialmente, Gildemar

Hoje eu revi, cuidadosamente, toda a discussão deste tópico, leitura que confesso não tinha feito com tanto cuidado na época, cerca de dois meses atrás.

Tenho a dizer que realmente não tenho nada de objetivo (solicitação sua Gildemar) a acrescentar na discussão e reafirmo o elogio que já tinha feito à análise do Gildemar.

Lembro apenas que estávamos falando, exclusivamente, de Rm 7 e ainda não me sinto satisfeito, inteiramente, com relação a Maccoby. Ainda não recebi o livro dele e espero que esta discussão seja expandida pela Aíla em futuro próximo.

Pretendo alimentar alguma coisa neste tópico com trechos do texto pseudoclementino "Recognitions" e algumas observações sobre o assunto de Eisenman, mas ainda estou analisando.

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 : 18:04:08:01:11:24 
Iniciado por Mário - Última Mensagem: por Mário
Olá Todos

Gostaria de pedir a opinião de todos e em especial dos nossos especialistas Aíla, Brian e Paulo sobre uma menção a "seita dos nazarenos" em Atos 24:5.
Eu me surpreendi um pouco quando Eisenman em seu livro (James The Brother of Jesus) interpreta a palavra Nazoraios/Nazoreus com o sentido da seita associada mais a Tiago.

Assim ele se expressa:

                        But Tertullus accusation of being a 'Nazoraean' and 'fomenting world revolution' specifically denied by Paul in Roman 13,
                        would be appropriatelly directed against James and his mass of 'Prisetly' followers, 'all Zealots for the Law' - and, in fact
                        probably was.

[Nesta passagem não teria a palavra o significado de seguidores de Jesus, não seria neste caso esta palavra mais ligada à tradição de Jesus ser de Nazaré do que referência à seita dos Nazoreus?] coloquei entre colchetes em uma revisão posterior, pois acho que isto é bobagem minha - desconsiderem.

O texto do Eisenman tem relação com uma tese que ele defende em relação ao assassinatos de Estevão e Tiago e assim isolada sei que causará uma certa perplexidade.



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 : 6:04:08:19:43:46 
Iniciado por Mário - Última Mensagem: por Mário
OláTodos

Durante minha pesquisa sobre Tiago tenho me ocupado em descobrir o caráter do batismo no judaísmo antigo que não tem o mesmo sentido que o batismo cristão.
Parece-me que a novidade de João Batista foi incluí-lo aos gentios, mas eu gostaria de discutir um pouco os aspectos do que representava o batismo nas águas para os judeus.
Naquilo que podemos, como Tabor, denominar de "campanha de batismo" que João e Cristo empreenderam na primavera de 27 AEC nada nos impede, embora não existam relatos, considerar que Tiago também estivesse presente.

                Jo 3:22  Depois disto, foi Jesus com seus discípulos para a terra da Judéia; ali permaneceu com eles e batizava.
                Jo 3:23 Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá
                           concorria o povo e era batizado.


Brian e Aíla podem acrescentar algo?

 36 
 : 27:03:08:03:07:17 
Iniciado por Mário - Última Mensagem: por Gildemar
Oi Mário,

Não esqueci os outros assuntos não. Só estou muito sem tempo. Mas, assim que possível vamos voltar a eles.

Sobre esse caso específico, acho importante verificar como os proponentes da tese de que Atos 12 contém uma narrativa romanceada da morte de Pedro, tratam a participação de Pedro no Concílio de Jerusalém no ano 50 EC, igualmente narrado em Atos, no capítulo 15, mais de cinco anos depois do ano no qual eles identificaram a morte dele.

E então. Qual é a solução deles para essa outra narrativa de Atos?

Um grande abraço,
Gildemar

P.S.: Brian, interessante a tese de que o autor de Atos pontua a decisão definitiva pelos gentios com um desaparecimento.

 37 
 : 16:03:08:03:21:25 
Iniciado por Mário - Última Mensagem: por brian_kibuuka
Caro amigo,

O texto expressa um recurso literário recorrente utilizado pelo autor lucano.

É simples - mas um pouco difícil de observar.

Há no texto de Atpos uma tensão entre a necessária pregação aos gentios e a manutenção do cristianismo em domínios judeus. Quando o autor de Lucas escreve, ele já sabia do sucesso da pregação cristã entre gentios, além das histórias da morte de Pedro e Paulo. Conhecia também a dificuldade inicial de aceitação da pregação as gentios.

Que recurso ele utiliza então?

Todos os que descobrem e se lançam à pregação aos gentios "desaparecem".

Pedro, após entender o ministério da pregação aos gentios, desaparece - o que possivelmente indica mais que a sua morte - indica o verdadeiro perpetuamento do seu ministério, uma vez que a sua ida a um campo de trabalho gentílico, após a sua relutância em pregar aos gentios, a sua rejeição ao lenço com alimentos impuros e a sua dificuldade com a pregação e batismo a Cornélio são superadas. Após ele entender a mensagem divina, ele desaparece!

Paulo, o outro grande personagem de Atos, insiste em anunciar o testemunho primeiramente em sinagogas - e não é chamado de apóstolo enquanto assim procede! Os principais adversários, que trouxeram grandes dificuldades para a sua pregação, eram judeus. Por fim, Paulo descobre, após a prisão domiciliar, que deve parar de insistir na idéia que durante todo o livro ele praticou, e se entregou com intrepidez à pregação aos gentios. O que acontece após isto? O livro acaba. É sempre assim em Atos - o silêncio sobre a morte desses personagens se traduz em "sumiço" - e o sumiço só ocorre após os mesmos se convencerem da necessária pregação aos gentios.

Acredito que é um recurso literário importante, desde que não seja feito dele uma desculpa para o antisemitismo!

Abraços,

Brian

 38 
 : 15:03:08:18:17:42 
Iniciado por Mário - Última Mensagem: por Mário
Olá
Atos 12:17 é importante para autenticar a importância de Tiago na Igreja Primitiva, mas não seria também o anúncio da morte de Pedro invalidando qualquer evangelização posterior em Roma?

eporeuyh eiv eteron topon como neste artigo que encontrei na The Society of Biblical Literature não significaria ir para a morte, morrer? (não tenho o artigo todo, só esta parte)


Gostaria dos comentários.

Mário

 39 
 : 10:03:08:16:01:49 
Iniciado por administrador - Última Mensagem: por Aíla
Oi Sr Brian
Vejo que o Sr já entrou na onda do Sr Gildemar e também já está brincando comigo... bom ... um ponto positivo de quem brinca é a proximidade... e se estamos próximos, já me sinto mais à vontade...


Aqui, de fato - como foi observado por ti - está: "lúsate tòn naòn toûton". É a segunda pessoa, e "naós" (templo) denota o "sôma", o corpo de Jesus (Jo 2.21).

Hummmm Contente “naós” é o santuário ou o prédio? Compare com Jo 18,20.

Acho que não me fiz entender bem: Jesus não desejava tomar o controle do Templo. Ele simplesmente desejava, segundo Marcos, explicitar a verdadeira serventia das negociatas ocorridas no Templo naquela época. A sua acusação é dura: o Templo se transformou em covil ou caverna de salteadores: "spélaion leistôn". O problema não está no Templo. Está nos salteadores. E uma coisa geralmente não se observa: no texto, Jesus está citando a acusação de Jeremias em Jr 7.11.

Acho que  o Sr se fez entender bem. É que penso que há outras coisas em jogo aqui. Veja que Jesus está no pátio dos gentios, na época considerados impuros. Mas Zc 14,20-21, menciona os utensílios do templo com a mesma sacralidade que qualquer panela na casa de qualquer israelita. E depois o profeta afirma, não haverá cananeu no templo, claro, pois nada nem ninguém será impuro. Trata-se dos gentios no templo, tanto no texto do profeta quanto no texto do evangelho.
Depois é citado Is 56, capítulo sobre o ingresso de gentios no interior do povo de Deus. O versículo 7, é a chave do capítulo, o ingresso dos gentios se dá pelo templo.
Depois temos a menção do templo como covil de ladrões de Jr 7,11, para dizer que nenhum israelita se ache melhor que um gentio, pois o israelita que não anda de acordo com a orientação de Deus pode ser punido. O que faz a pertença ao povo não é, no dizer de Jr, a genética, mas seguir a orientação de Deus.
O texto do evangelho parece argumentar, a partir das citações do AT, da seguinte forma:
1) Ez : quando vier o messias, desde o Monte das Oliveiras, os gentios obedecerão ao Deus de Israel e não mais haverá diferença entre sagrado e profano
2) Is: O templo será a casa de oração para todas as nações (veja a acusação de que Paulo introduzia gregos no templo)
3) Haverá um julgamento e quem pertence ao povo pode ser rejeitado


O que Jesus fez no epísódio foi afirmar a natureza da intenção dos sacerdotes em seu serviço naquele dado momento. De forma alguma ele desqualificou o ofício sacerdotal. Apenas exigiu que os responsáveis pelo Templo o utilizassem como as Escrituras exigiam (Is 56.7), "casa de oração para todos os povos".

A expectativa judaica por um messias guerreiro é a seguinte:
Deus incitaria as nações para a guerra. Gog e Magog (= número 70) , ou seja todas as nações combateriam contra Israel e seu messias no Monte das Oliveiras. Após a derrota das nações começaria o tempo escatológico. Uma nova terra. Israel governaria as nações e todas seguiriam a Lei de Deus (=lei do vencedor, Israel). Todas as nações celebrarão a festa dos tabernáculos (sukkot), isso é muito significativo. O templo seria o lugar por onde os gentios entrariam no povo de Deus. Claro, pois Abrão foi chamado, do meio dos gentios, para ser bênção para as nações. Por isso ele é o pai da fé, como diz Paulo, porque ele era gentio e deixou os ídolos para seguir o Deus verdadeiro. E o templo existe para repetir o sacrifício, ou melhor a akedah, de Isaac. Conforme o livro de Crônicas, o templo foi construído sobre o Monte Moriá, onde Isaac foi amarrado para o sacrifício. E segundo as interpretações rabínicas, todo sacrifício realizado no templo é uma repetição do sacrifício de Isaac, até que viesse o messias. O sacrifício de Isaac é o meio pelo qual Deus abençoa as nações, inclusive Israel. Quando vier o messias, os gentios ingressarão no povo pelo templo e depois não haverá mais necessidade do templo (veja a conversa com a Samaritana). Não haverá mais o profano.
Se eu tivesse vivid na época de Jesus eu também teria ficado com raiva. Como ele pode falar que o templo não está cumprindo o papel de acolher os gentios se ainda não aconteceu a guerra escatológica? Eu teria dito: Quem você pensa que é? O messias ainda não veio? Não houve guerra?

Essas são as minhas opiniões. Contente

 40 
 : 6:03:08:16:12:06 
Iniciado por Aíla - Última Mensagem: por brian_kibuuka
Olá, Mário...

Cabe um complemento na minha fala.
Os cristãos primitivos também não eram:
-católicos
- protestantes
- ortodoxos
- comunistas
- liberais ou neoliberais...

Eu vou postar lá sim! Só quero registrar aqui uma opinião que tenho, e que desejo deixar clara para todos: ficar defendendo a fé, seja ela qual for, é um atraso de vida!!! Quem tem fé, seja no que for, deve entender que ela é coerente apenas para si e para o seu grupo. Ficar con-BATENDO e con-VENCENDO é uma bobagem, que só destila o ódio!

E tentar con-BATER e con-VENCER quem tem fé é inútil!

Nessa dialética é que caminho...

Abração e até logo - lá no post da ideologia,

Brian




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